quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Poesia dos diálogos incessantes

Qual é o dom intangível que eu preciso ter
e qual é a musa impossível que eu preciso ser
para ser amada?
Me explica de novo que eu preciso de pouco,
pouco além do que eu tenho,
pouco além deste empenho em amar de verdade.

Como eu posso na escuridão não ter o coração fechado
e não ser enganada?
No coração fechado a escuridão não entra disfarçada de luz,
mas também não entra nada.
Me ensina a abrir meu coração pela abertura certa, que passe a peça certa, que passe sem pressa, pra que só passe amor.
E depois que o amor entrar, que passe só o que é passageiro, mas que o amor não passe.
Pra que tudo se mostre claro e aberto, que não tenha um disfarce, que tudo se encaixe.
Pra que mesmo sem fala eu não perca o sentido, mas que cada fala possua um sentido
nascido onde todo sentido nasce.

Jessica Ferreira

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