quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A cor da liberdade

Nada sangra mais que a liberdade
Só o que é livre realmente sangra
Só o que é livre quebra a cara, se espanta
Somente sendo livre se desaponta.

Nada sangra mais que a liberdade
O que não é livre não sangra
Mas também nunca cicatriza
O que vive preso se estanca

Como o pensamento estanque
Como o coração sufocado
Nas veias de um corpo branco
Onde não corre o amor, nunca dado

O que não é livre não sangra
Vive atrás do seu muro, distante
do mundo lá fora, cortante,
bombeando sangue, constante.

Nada sangra mais que a palavra,
Depois de mil tinteiros quebrados,
Escrita com o sangue que escorre
De um coração esmagado.


Jessica Ferreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário