quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Poesia da madrugada inquieta

Coração quente
Cabeça fria (tentando)
Corpo descontente
Falhando...
Como equilibrar os conflitos da natureza minha?
Descobri em mim esperanças
que eu nem sabia que eu tinha...

Qual dos meus medos triunfará dessa vez? São tantos
Já pedi duzentas vezes para dois mil santos
Que os meus medos lutem entre si num combate,
Numa luta que não pode nunca terminar em empate
E que, medo por medo mutuamente aniquilado
Sobrem somente mil coragens lado a lado.

Falar é fácil:
-Seja fria, desapegue
Ame pouco, não se entregue
O tempo voa e a vida segue
Não deixe que o amor te cegue.
Falar é fácil.

Ouçam o choro de um coração cansado
Que se agarra a uma chance de ser amado
Vejam como ele está apertado, parado
Sem ousar seguir, sem saber pra que lado...

Jessica Ferreira



"A coragem do primeiro pássaro

No final das contas, somos todos sobreviventes de nós mesmos
Lá nas prisões do finito, ousar ser eterno: amor como atalho e labirinto
Mas se você não está morto, sonhará porto por perto
Anoiteça o que anoitecer, coração aberto."
(André Dahmer)

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