Da janela do meu quarto
O mundo é tão pacato
A noite é tão imóvel
A lua cheia na piscina parece que flutua.
O vento que chega devagarinho no meu rosto
Nem parece vento...
Parece aquele pedaço de mim
Que eu perdi por aí
Querendo voltar.
Quase nenhum barulho
Parece que a noite mergulhou dentro de mim
E nadou até o fundo.
Seria tão bom se eu pudesse
Voar até aquela montanha e voltar
(Só pelo prazer de voar)
Fecho a janela em silêncio
Vou dormir e nem sequer desconfio
Do tumulto das formigas a trabalhar
Da agitação microscópica das moléculas no ar.
E a noite vai embora também
Sem desconfiar do tumulto dentro de mim.
Jessica Ferreira
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário