terça-feira, 30 de novembro de 2010

A calma

Da janela do meu quarto
O mundo é tão pacato
A noite é tão imóvel
A lua cheia na piscina parece que flutua.

O vento que chega devagarinho no meu rosto
Nem parece vento...
Parece aquele pedaço de mim
Que eu perdi por aí
Querendo voltar.

Quase nenhum barulho
Parece que a noite mergulhou dentro de mim
E nadou até o fundo.

Seria tão bom se eu pudesse
Voar até aquela montanha e voltar
(Só pelo prazer de voar)

Fecho a janela em silêncio
Vou dormir e nem sequer desconfio
Do tumulto das formigas a trabalhar
Da agitação microscópica das moléculas no ar.

E a noite vai embora também
Sem desconfiar do tumulto dentro de mim.

Jessica Ferreira

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