sábado, 20 de novembro de 2010

Fraqueza da gravidade

Chão, velho amigo
Melhor amigo do homem
Não nega seu colo a ninguém
Não cura frio, solidão nem fome
Mas na solidez construiu seu nome
Mais firme que o firmamento
Ele está sempre lá...

Cá estamos nós de novo
Te deram uma rasteira?
Dessa vez puxei meu próprio tapete
Estou cansado de me sabotar

Chão amigo, estou querendo levantar
Mas há um ladrilho fora do lugar
Aposto que é nesse que eu vou tropeçar

Chão, você é duro demais comigo
Mas você tem sido um bom amigo
Sempre que escorrego, me esfrego, me entrego
Voce acolhe este irmão caído.

Por que você continua aqui?
Chão imundo, sujo, te xingo
Te esmurro, quero te abandonar
Por que você me perdoa se tanto eu te piso?
Por que você me deixa voltar?

Tão cansado de me sabotar...
Tão cansado...
Tão...

Jessica Ferreira

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